quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Processo de eventual classificação de interesse Municipal


Casa de Hóspedes, sita na Rua do Caima, freguesia da Branca, Município de Albergaria-a-Velha   

- Edital
- Planta implantação
- Planta localização

Endereço / Local

Rua do Caima, Quinta do Caima
Branca

Classificado como MIM - Monumento de Interesse Municipal

Cronologia

Edital n.º 846/2016, DR, 2.ª série, n.º 175, de 12-09-2016
Deliberação de 17-08-2016 da CM de Albergaria-a-Velha a determinar a classificação como MIM
Em 2-08-2016 foi dado conhecimento do despacho à CM de Albergaria-a-Velha
Despacho de concordância de 3-05-2016 da diretora-geral da DGPC
Informação favorável de 22-03-2016 da DRC do Centro
Pedido de parecer de 4-02-2016 da CM de Albergaria-a-Velha sobre a classificação como MIM
Edital n.º 1128/2015, DR, 2.ª série, n.º 245, de 16-12-2015
Deliberação de 18-11-2015 da CM de Albergaria-a-Velha a determinar a abertura do procedimento de classificação como MIM
Nota Histórico-Artistica

Imóvel

Situada na Quinta do Caima, na freguesia de Branca, em Albergaria-a-Velha, a Casa de Hóspedes foi construída entre os finais do século XIX e inícios do século XX nas imediações da Fábrica do Caima, que procedia ao fabrico de pasta de papel. A moradia servia para albergar os técnicos especializados estrangeiros, que visitavam temporariamente as instalações da fábrica, bem como os membros diretivos da firma proprietária que habitava, fora da região circundante.
De planta retangular, a casa divide-se em dois pisos, com fachadas rasgadas por janelas. No frontispício foi edificada uma escadaria de cimento, que permite o acesso externo ao piso superior. Interiormente, está despojada de qualquer elemento decorativo.
O edifício integra-se no espaço da quinta, onde foram edificadas outras treze habitações, destinadas a vários empregados da fábrica (Casa do Motorista, Casa dos Montadores, Casa do Electricista, etc.), formando um complexo habitacional, rodeado por uma área de bosque murada.

História

A Quinta do Caima foi o local escolhido para instalar a primeira unidade fabril de celulose do Caima, a The Caima Timber Estate & Wood Pulp Company, Limited. Fundada em 1888, a empresa adquiriu os terrenos da Quinta do Caima, uma grande extensão de terras entre as freguesias de Branca e Ribeira de Fráguas, em Novembro de 1889. Foi aí que instalou a sua fábrica de pasta de papel, conhecida como Fábrica do Caima, ou Companhia de Celulose do Caima, que se tornou a mais importante unidade fabril do género em Portugal.

Entre os últimos anos do século XIX e os primeiros do século XX, o diretor da fábrica, o engenheiro Erik Daniel Bergqvist, de nacionalidade sueca, decidiu mandar edificar no espaço do complexo fabril uma casa de hóspedes, para que aí se pudessem instalar os técnicos especializados estrageiros e os sócios da Fábrica do Caima que residiam no Porto ou fora do país, quando estes se deslocassem à unidade em trabalho.
A Casa de Hóspedes foi, então, edificada, mantendo-se a sua estrutura original praticamente inalterada.

Catarina Oliveira
DGPC, 2016

Ficha

http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=35635

Casa Velha sita na Rua da Feiteira, Caima, freguesia da Branca, Município de Albergaria-a-Velha 


- Edital
- Planta implantação
- Planta localização

Endereço / Local

Rua da Feiteira
Albergaria-a-Velha

Classificado como MIM - Monumento de Interesse Municipal

Cronologia

Edital n.º 845/2016, DR, 2.ª série, n.º 175, de 12-09-2016
Deliberação de 17-08-2016 da CM de Albergaria-a-Velha a determinar a classificação como MIM
Em 2-08-2016 foi dado conhecimento do despacho à CM de Albergaria-a-Velha
Despacho de concordância de 3-05-2016 da diretora-geral da DGPC
Informação favorável de 11-03-2016 da DRC do Centro
Pedido de parecer de 4-02-2016 da CM de Albergaria-a-Velha sobre a classificação como MIM
Edital n.º 1129/2015, DR, 2.ª série, n.º 245, de 16-12-2015
Deliberação de 18-11-2015 da CM de Albergaria-a-Velha a determinar a abertura do procedimento de classificação como MIM

Imóvel

Edificada no interior da Quinta do Caima, na freguesia de Branca, em Albergaria-a-Velha, a Casa Velha foi erigida nos finais do século XIX, estando integrada no antigo complexo industrial da Fábrica do Caima, que procedia ao fabrico de pasta de papel.
De planta retangular irregular, o imóvel servia de habitação ao diretor da fábrica e respetiva família, dividindo-se em dois pisos, com alçados marcados pela abertura de janelas e corpo central destacando-se através do remate em empena triangular, recriando os modelos de casas de campo inglesas. No conjunto, de linhas despojadas, destaca-se o telheiro alpendrado, em madeira, que precede a entrada principal da casa, e uma bay window no alçado posterior da casa; esta fenestração, de tipologia tipicamente anglo-saxónica, ornamentava originalmente a fachada lateral esquerda.

O edifício integra-se no espaço da quinta, onde foram edificadas outras treze habitações, destinadas a vários empregados da fábrica (Casa do Motorista, Casa dos Montadores, Casa do Electricista, Casa dos Hóspedes, etc.). Este complexo habitacional é rodeado por uma área de bosque murada.

História

A Quinta do Caima foi o local escolhido para instalar a primeira unidade fabril de celulose do Caima, a The Caima Timber Estate & Wood Pulp Company, Limited. Fundada em 1888, a empresa adquiriu os terrenos da Quinta do Caima, uma grande extensão de terras entre as freguesias de Branca e Ribeira de Fráguas, em Novembro de 1889. Foi aí que instalou a sua fábrica de pasta de papel, conhecida como Fábrica do Caima, ou Companhia de Celulose do Caima, que se tornou a mais importante unidade fabril do género em Portugal.

A Casa Velha era o mais importante edifício habitacional da quinta, servindo para albergar, durante décadas, o diretor da mesma. O imóvel sofreu obras de remodelação em 1939, durante as quais se instalou um inovador sistema de caldeiras e radiadores a água.

Catarina Oliveira
DGPC, 2016

Ficha

http://www.monumentos.gov.pt/Site/APP_PagesUser/SIPA.aspx?id=35636



segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Primeiras autárquicas foram há 40 anos!


Foi em 12 de Dezembro de 1976 que se realizaram as primeiras eleições autárquicas em Portugal. Experiência única de democraticidade e de participação dos cidadãos na escolha dos que, mais perto de si, iriam assumir a administração local.

Para a presidência da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha concorria pelo PPD José Nunes Alves, que já ocupava o cargo desde os finais da década de 60, quando Vale Guimarães era governador civil de Aveiro. Nunes Alves passou incólume a turbulência do 25 de Abril de 1974, por se lhe reconhecer o seu passado de democrata, a sua capacidade de trabalho, a sua seriedade.

Presidiu à comissão administrativa que se seguiu à dissolução dos órgãos administrativos decretada após o 25 de Abril.

José Nunes Alves venceu e continuou por mais uns anos. Até 1981, quando faleceu.

A primeira Câmara Municipal eleita, de Albergaria-Velha, ficou assim constituída:

José Nunes Alves (PPD)
Prof. Rogério Camões (PPD)
Dr. Henrique Souto (PPD)
Eng. Rui Tavares (CDS)
Gualdino Silva (CDS)
António A. Martins Pereira (CDS)
Aires Rodrigues (PS)

A primeira Assembleia Municipal, eleita na mesma data, ficou presidida pelo Dr. Flausino Pereira da Silva. Dela faziam parte entre outros, Dr. Júlio Pereira (CDS), Lutero Letra da Costa (PPD), Armando Santos (PS), Carlos Mortágua (PPD), Mário Vidal da Silva (PPD),  Sebastião Resende (CDS), Silvino Lopes (PPD).

Os primeiros presidentes das Juntas de Freguesia, igualmente eleitos nesse dia, foram:

Albergaria: Manuel de Silva (CDS)
Angeja: Domingos Rodrigues de Silva (PPD);
Alquerubim: Manuel Barreto (CDS)
Branca: Grive da Silva Gomes (PPD));
Frossos: José António Praça (PPD);
S. João de Loure: Inocêncio Marques (PPD);
Valmaior: Manuel Letra (CDS)
Ribeira de Fráguas: João António da Silva (CDS)

Rogério São Bento Camões, Flausino Pereira da Silva e Carlos Manuel Melo Mortágua são os totalistas, pois desde 1976 que ocupam, ininterruptamente, cargos autárquicos.

Nos 20 anos de poder local, bem merecem, juntamente com os outros eleitos, a nossa homenagem.

Jornal de Albergaria, 19/12/1996


quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

Novo livro sobre a Fábrica Alba


A ADERAV vai apresentar o livro "Alba – Uma Marca Portuguesa no Mundo" no próximo sábado, 17 de dezembro, no Cineteatro Alba. A sessão, com início às 17h00, contará com a presença dos autores Delfim Bismarck Ferreira e Pedro Martins Pereira.

“Procurámos com este estudo trazer a público uma panorâmica geral da vida e obra do Comendador Augusto Martins Pereira e de seus filhos, bem como da indústria daquela que foi uma das principais marcas industriais portuguesas do século XX e início do XXI”, escrevem os autores na introdução.

A marca Alba, registada em 1929, teve ao longo de várias décadas uma grande difusão, quer em Portugal, quer nos "países" que constituíam o designado Império Ultramarino Português. O seu fundador, Augusto Martins Pereira, lançou as bases daquela que foi talvez a principal marca portuguesa de utensílios domésticos, mobiliário urbano e acessórios fundidos para águas e saneamento do século passado.

A importância da marca Alba não se ficou somente pelos produtos fabricados. As instalações fabris foram uma verdadeira escola técnico-profissional, formando técnicos especializados em diversas áreas que, na altura, faltavam no mercado de trabalho.

A família Martins Pereira assumiu também um papel importante no desenvolvimento social, cultural e desportivo do Concelho, com destaque para a criação e apoio do Sport Clube Alba, a construção do Parque de Recreio e Desporto Alba e do Cineteatro Alba.

Autores

Pedro Martins Pereira é bisneto do fundador da marca Alba, tendo trabalhado na fábrica metalúrgica nas décadas de 1970 e 1980. Atualmente, é sócio-gerente da LARUS, empresa de design urbano e fundador e sócio-gerente da empresa ProjectoAlba Unipessoal, Lda., detentora da marca Alba.

Delfim Bismarck Ferreira é historiador e autor de mais de quatro dezenas de estudos nas áreas de História, Património, Genealogia, Heráldica e Biografia. Foi presidente da ADERAV entre 2001 e 2005 e é, desde 2013, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha.

CMAAV, 13/12/2016

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sábado, 10 de dezembro de 2016

Bilhete Postal 1920



Carimbos de duplo círculo. Postal ilustrado circulado de Albergaria-a-Velha (19.07.20) para o Porto (20.07.20), com selo de 2C laranja, denteado 15x14. Carimbo batido a preto de ALBERGARIA-A-VELHA. MB


Bilhete Postal da casa Manoel d'Oliveira Campos & Filho fundada em 1846 e sedeada na Rua de Santo António.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2016

Património Arquitetónico

Albergaria tem um traçado único que conta uma história. Começa pela sua posição estratégica geográfica e que deixou as marcas do tempo no desenho da cidade ao longos dos séculos.

A antiga estrada real, depois chamada nacional, que corresponde às atuais Rua Mártires da Liberdade, de Santo António, do Hospital e Dr. Alexandre de Albuquerque, bem como o outro eixo da antiga estrada Real Aveiro-Viseu, atuais Rua de Campinho, Dr. José Henriques Ferreira, etc, denunciam a importância deste território ao longo dos séculos, a aí encontramos boas obras de arquitetura.

Há erros no passado, nomeadamente quando se destrói património e a nossa identidade, mas para isso não há remédio, só há memória.

Faltou planeamento e espaços públicos de qualidade, que acredito que as intervenções cirúrgicas que estão a ser desenvolvidas irão contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população.

Gosto da escala da cidade e há elementos de interesse arquitetónico que precisam de ser valorizados!

Entrevista à Arquitecta Ana Maio Pinheiro Machado, Correio de Albergaria, 16/11/2016

Ana Maio é natural do Porto e reside em Albergaria-a-Velha desde há 7 anos. Tem vários projectos a serem desenvolvidos na região. O mais recente foi a obra de recuperação do edifico onde se encontram os laboratórios Avelab e o Jornal Correio de Albergaria. Em 2009 desenhou o monumento às Vítimas das Invasões Francesas, no Concelho de Albergaria, pelas tropas de Napoleão em 1809. Monumento em aço corten  que se encontra na rotunda de ligação à EN 16, a estrada que liga a Valmaior.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Postal de Albergaria


No endereço www.joaquimjaneiro.pt tem vários postais em que aparecem carros incluindo um postal de Albergaria-a-Velha com  a indicação de alguns dos carros presentes.

185 - Albergaria a Velha  - Portugal  ( I live here ! ) Rekord  A and C , Olympia Rekord P1, etc

http://joaquimjaneiro.pt/postais181190/index.htm



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A exposição de brinquedos e miniaturas. “Coleção de uma Vida” do colecionador Joaquim Janeiro está durante este mês na Biblioteca Municipal:

A exposição de brinquedos e miniaturas. “Coleção de uma Vida” reúne cerca de 400 peças do colecionador Joaquim Janeiro e inclui automóveis, livros e brinquedos tradicionais portugueses.
     
Natural de Mourisca do Vouga, mas residente em Albergaria-a-Velha desde os três anos, Joaquim Janeiro começou a colecionar miniaturas e brinquedos por influência de um amigo, quando estudava Farmácia na Universidade de Coimbra. As duas primeiras miniaturas que comprou foram os carros Opel GT e Opel Manta, que lhe custaram 53 escudos cada um (cerca de 27 cêntimos na moeda atual). O “bichinho” do colecionismo nunca mais o largou e, nos tempos de estudante, comprava uma média de três miniaturas por mês, utilizando o dinheiro que poupava dos almoços.

Atualmente, a coleção de Joaquim Janeiro é composta por mais de 8000 miniaturas, para além de algumas centenas de brinquedos fabricados em vários países. A peça mais antiga que possui é uma mota com sidecar da década de 1930, feita em madeira, e a mais pequena, um veículo com sete milímetros.

Não obstante ter miniaturas e brinquedos de várias proveniências, a maioria são peças da Opel, marca na qual se especializou. A coleção está presente na Internet no endereço www.joaquimjaneiro.pt.

A exposição “Coleção de uma Vida” pode ser visitada durante o horário normal de funcionamento da Biblioteca Municipal, até ao dia 30 de dezembro.        

CMAV




sábado, 3 de dezembro de 2016

Venturas e desventuras num vale de nome maior

"Flores Silvestres: Venturas e desventuras de cinco irmãs nascidas e criadas entre verduras campestres e urzes agrestes num vale de nome maior"

Autor (a): Florbela Carvalho

Ligação para o livro (Amazon.com)

A escrita é, por excelência, a melhor forma de expressão dos meus sentimentos e pensamentos.

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Retalhos de memórias que perduram nas brumas do tempo, narrados pela segunda de cinco filhas de uma família de parcos recursos económicos. A autora tateia, através dos seus contos, a vida que teimou em ficar para trás, algures no tempo. Retrata cada momento ido com o olhar nostálgico de quem justifica a sua existência pela convicção de que é nesse esquivo lugar que se fizeram as gentes. A sua Gente. As dores e alegrias confundem-se, ao longo do livro, num misto de sonhos e pesadelos dançando em volta da vida como se a vida não fosse senão uma frágil e volátil bola de sabão.