sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Albergaria-a-Velha

APRESENTAÇÃO

Resenha histórica

Em Novembro de 1117 D. Teresa concede Carta do Couto de Osseloa em favor do fidalgo Gonçalo Eriz, doando-lhe vastas terras, Uma das razões para o fazer prendia-se com a instituição de uma albergaria ao cimo da estrada do lugar de Osseloa, a qual o fidalgo seria obrigado a manter e serviria para acolher, proteger e assistir os viajantes, pobres e doentes.

A fundação da primitiva "albergaria" levou as pessoas a estabelecerem-se em seu redor e a fixarem-se junto a Assilhó, formando um pequeno povoado que, adotando aquele nome, originaria a atual Albergaria-a-Velha. Esta qualificação de "velha" surgiu para a distinguir de outras albergarias mais recentes, que no país e terras hispânicas junto à fronteira comum foram surgindo.

Depois das terras do Couto terem regressado de direito à administração da Coroa, por extinção da descendência direita de Gonçalo Eriz, o rei D. João II doou-as à irmã, D. Joana, que por sua vez as legou às Dominicanas do Convento de Jesus em Aveiro. As freiras de Jesus acabariam por criar em 1496 a freguesia de Santa Cruz de Albergaria-a-Velha, constituída por Albergaria-a-Velha (a principal aldeia) e pelos lugarejos da área do Couto (Assilhó, Sobreiro, Frias de Baixo e de Cima, S. Marcos e Fontão).

No séc. XIX, em oposição ao absolutismo régio, surgiu um forte núcleo de liberais albergarienses que, em 1828 apoiou as forças do então coronel José António da Silva Torres Ponte de León nos combates do Marnel e da Ponte do Vouga contra as tropas fiéis a D. Miguel. Depois da queda de D. Miguel, general Torres serviu-se do seu alto cargo e em reconhecimento aos albergarienses determinou, apoiado pelo Decreto de 9 de Janeiro de 1834, que o Concelho de Albergaria-a-Velha fosse criado no final desse ano.

Ao promover a elevação de Albergaria-a-Velha à categoria de Vila e criando o seu Concelho, retirou-a do Concelho de Aveiro, anexando-lhe ainda a freguesia de S. João de Loure e duas partes da freguesia de Valmaior. A fundação do Concelho seria assinalada no dia 13 de Fevereiro de 1835, pela primeira sessão da câmara, presidida por José Correia de Meio, conforme consta no "Livro para os Acordãos da Câmara d'este Concelho d'Albergaria Velha".

Em 1842, ano em que se integrou a freguesia de Alquerubim neste Concelho, foi restaurado o Concelho de Paus, extinguindo-se o de Albergaria-a-Velha. A extinção, embora temporária, ocorreu na sequência do período Cabralista e durou até 1846. Vieram posteriormente a incorporar o Concelho as freguesias de Angeja e Frossos (1853), Branca e Ribeira de Fráguas (1855) e a restante parte da freguesia de Valmaior (1856).

O crescimento económico do município desenvolveu-se com base no Rio Vouga, ligado ao progresso das freguesias ribeirinhas de Angeja, Frossos, Alquerubim e S. João de Loure, Com o aparecimento da indústria, aliada às vias de comunicação, as freguesias do interior (Albergaria-a-Velha, Branca e Valmaior) tornaram-se, do séc. XVIII ao XX, em polos de crescimento económico, no que respeita à extração de minério, fabrico da pasta de papel, metalurgia e cerâmica.

Em 1868 a autarquia, presidida por Ferreira Tavares, toma a decisão de construir o edifício dos Paços do Concelho, para nele se poderem instalar todos os serviços da Câmara, que se encontravam dispersos pela Vila em condições impróprias e insuficientes. O inicio da construção deu-se em 1869, mas as obras acabaram por ser suspensas em 1873 por falta de recursos financeiros. A construção recomeçou a mando do Presidente Bernardino Máximo de Albuquerque, em 1890, depois de reformulado o projeto. Em 1897 o edifício foi finalmente inaugurado, realizando-se a primeira sessão da autarquia em 10 de Outubro.

No dia 6 de Abril de 2011, os deputados da Assembleia da República votaram, por unanimidade, em sessão plenária, o Projeto de Lei n.º 424/XI, que promove a elevação de Albergaria-a-Velha à categoria de cidade, situação que acabou por ficar oficializada no dia 28 de Junho do mesmo ano, após a publicação da Lei n.º 34/2011.

Localização e Acessibilidades


A25 / IP5 – Aveiro – Vilar Formoso, com saída em Albergaria-a-Velha;

A1 – Lisboa – Porto com saída para A25 / IP5;

IC2 / EN1 – Lisboa – Porto, com saída em Albergaria-a-Velha.

O Itinerário Principal nº1 (IP1) permite a ligação direta entre os dois centros urbanos principais do país, Lisboa e Porto, assim como dos distritos mais dinâmicos do litoral, Braga, Aveiro, Coimbra, Leiria e Santarém. No Município de Albergaria-a-Velha o acesso ao IP1 é feito através do IP5 no nó do Sobreiro, que serve não só o Município de Albergaria-a-Velha como os Municípios envolventes de Aveiro, Águeda, Sever do Vouga, etc.

Na região, a ligação entre o litoral e o interior é feita através do Itinerário Principal nº5 (IP5) que facilita de modo significativo o acesso aos centros do interior, especialmente Viseu e Guarda, no entanto, em virtude de compreender apenas uma faixa de circulação em cada sentido esta via continua inadequada ao fluxo de tráfego que nela circula. A lenta circulação nesta via de comunicação fica também a dever-se ao intenso tráfego de veículos pesados.

Pertencente à Rede Nacional Complementar, o Itinerário Complementar nº2, atravessa no Município a Vila da Branca e a cidade de Albergaria-a-Velha, e faz ligação a norte com os Municípios de Oliveira de Azeméis e S. João da Madeira e a Sul com o Município de Águeda, ou seja centros industriais importantes na região.

No Município de Albergaria-a-Velha, este eixo compreende algumas áreas problemáticas, principalmente no troço que atravessa os aglomerados urbanos da freguesia da Branca e ainda nos cruzamentos de acesso à cidade de Albergaria-a-Velha."

"O Município de Albergaria-a-Velha encontra-se estruturado por três eixos principais que lhe permite acesso rápido aos centros urbanos nacionais mais importantes" (PDM - Albergaria-a-Velha)

Atividades Económicas


Banhado pelos rios Caima e Vouga que tornam, desde há séculos, particularmente férteis os seus campos, tanto para a agricultura como para a criação de gado, talvez se possa considerar o Município de Albergaria-a-Velha como essencialmente agrícola, embora muitas atividades de cariz industrial se tenham, desde há anos, aqui radicado, contando com ótima localização para o escoamento dos seus produtos.

No Município de Albergaria-a-Velha o sector secundário é o que tem maior representatividade com 56,2% da população ativa, inserindo-se o Município numa região com fortes tradições industriais, O sector primário ocupa apenas 13,6% da população ativa e no sector terciário ocupam-se 30%.

O sector secundário tem representatividade na Indústria transformadora com 74%, de que assume especial importância a fabricação de produtos metálicos, indústrias básicas de metais não ferrosos, indústria têxtil e Indústria de madeira.

Predominam as empresas de pequena e média dimensão com 75% das empresas tendo menos de 20 trabalhadores. A indústria transformadora do Município concentra-se essencialmente nas freguesias de Albergaria-a-Velha e Branca, que fixam à volta de 90% dos postos de trabalho.

O Município de Albergaria-a-Velha beneficia de uma posição geoestratégica, sendo privilegiado com a criação de uma forte e bem estruturada Zona Industrial, na qual assenta, principalmente, o seu desenvolvimento. As atividades do sector secundário mais exercidas no Município são a fundição, as coinfecções, a metalomecânica, o fabrico de equipamentos vários, a transformação de madeiras, o fabrico de papel, o fabrico e restauro de mobiliário, a produção cerâmica, entre outras.

(retirado do Manual de Qualidade do município de Albergaria-a-Velha)

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