quinta-feira, 1 de março de 2012

As Pontes de São João de Loure


Presidente da Câmara Municipal: Usou da palavra para informar (..)

Que, durante o mandato a que preside, já foram realizadas mais de seiscentas obras, sendo que algumas foram muito criticadas e desvalorizadas, nomeadamente a escola EB1/2 de Albergaria-a-Velha, que por quatro ocasiões estiveram em risco de não execução uma das quais com o contrato programa assinado. Convém mencionar que alguns cidadãos eram contra a sua construção, que houve muita celeuma à volta da mesma e foi graças ao seu esforço de persuasão que se encontra hoje ao serviço das crianças, sendo uma mais valia para uma melhor formação escolar.

As pontes de S. João de Loure, um trabalho que também lhe requereu um grande esforço com uma vitória alcançada, em que está construída uma faixa de rodagem de 7,50 m em detrimento dos 4,20 m de largura inicialmente previstos, que permite a passagem entre o concelho de Albergaria-a-Velha e o de Aveiro, em que também muitas vozes do contra se levantaram para que se mantivessem em ferro a preservar a memória futura. Nestes termos e em consideração à população, foi construído um monumento com os elementos da antiga ponte e publicado um livro para relatar a sua história às gerações futuras, sendo o autor do mesmo o Dr. Delfim Bismarck Membro, desta Assembleia, que estando por dentro do procedimento não relatou o esforço realizado para que as gerações vindouras se orgulhassem de pertencerem ao concelho e verificarem que ainda existem homens que se preocupam com o bem estar da população que os elegeu, isto sim é história e teria sido designadamente interessante que fizesse parte do livro o ofício redigido pelo Presidente da Câmara e enviado à Direcção de Estradas com as assinaturas dos autarcas de Albergaria-a-Velha e de Aveiro, um dos documentos mais importantes que certamente contribuiu de forma decisiva para a construção das pontes. Tanto se fala em história e na sua preservação para memória futura e afinal quando se tem a oportunidade, não se relatam os acontecimentos importantes e marcantes que originaram a história para que os vindouros tenham conhecimento do que na realidade aconteceu. As iniciativas da actividade municipal são desvalorizadas conforme relatou o Membro Municipal Miguel Meireles, o que é lamentável, porque quem as desvaloriza não tem conhecimento nem do trabalho e nem do esforço que estão por detrás da sua construção.

Delfim Bismarck – CDS/PP: Usou da palavra para comentar que as Estradas de Portugal lhe encomendaram um estudo sobre a história da ponte de ferro de S. João de Loure, para fazer um livro e quando o livro estava pronto para ir para a gráfica, a empresa Obrecol que pagou a publicação e a executou pediu-lhe para acrescentar um capítulo final com as plantas técnicas, características, com fotografias da nova ponte, que foi acrescentado e enviado por eles, porque não lhe competia elaborar esse capítulo.

Sobre a escola EB1/2 solicita explicações, por desconhecimento de causa, argumentando que foi crítico aos dois últimos mandatos presididos pelo Dr. Rui Marques, inclusive escrevia mensalmente artigos no jornal sobre aspectos que achava negativos da Câmara de então, não sendo militante de qualquer partido nem tão pouco membro da Assembleia na altura e não tendo qualquer responsabilidade relativamente à actividade camarária.

(…)

Adalberto Póvoa – PPD/PSD: Interveio para comentar alguns aspectos relacionados com a construção das pontes em S. João de Loure, que constituírem muitos amargos de boca e originaram muitas discussões acesas na Assembleia de Freguesia e ainda algumas divergências por inflamações com munícipes à época.

Informa que em relação à construção do memorial para perpetuar a memória da ponte de ferro, foi sugerida a sua construção pelo Presidente de Câmara de Albergaria-a-Velha, numa reunião em que estiveram presentes os quatro autarcas interessados com o Engº Joaquim Rosas, responsável pela Direcção à época, assim como um memorial de algo escrito que resultou num livro.

Estranha que o autor do livro tenha dito que o mesmo foi encomendado pela Direcção de Estradas e depois terem sido solicitadas correcções por parte da empresa Obrecol.

Comenta ainda que, já leu o livro e que existem excertos que não relatam parte da história da antiga ponte de ferro nem relatam aquilo que é a execução da arquitectura e obra de arte. Que não diga que o livro apenas contém trechos, frases e expressões históricas e que apenas acrescentou a nova estrutura da ponte, porque contém muito mais informação.

Delfim Bismarck_- CDS/PP: Usou da palavra em defesa da honra para esclarecer que a ideia do lançamento do livro foi da empresa Obrecol estando previsto no caderno de encargos e que foi a Obrecol quem pagou com a chancela das Estradas de Portugal. Que foi contratado um determinado número de páginas para relatar sobre a parte histórica, dos antecedentes até à ponte de ferro, que a compilação dos documentos que fazem parte do livro dependiam do seu critério. E que sobre a nova ponte foram entregues os projectos os quais tinham de ser resumidos incluindo também fotografias, desde que não ultrapassasse o número de páginas acordadas.

Presidente da Câmara Municipal: Referiu que ficou esclarecido com a intervenção do Membro da Assembleia Delfim Bismarck quanto aos critérios que usou na compilação dos documentos que fazem parte do livro e acrescenta que o papel de um historiador é investigar o passado, o percurso de um determinado acontecimento, onde todas as pistas/documentos alusivos ao mesmo são investigados e escritos para memória futura. -

Acta da Assembleia Municipal, 25/02/2011

A Ponte sobre o Rio Vouga

No dia 10 do mês de Julho de 1892 começou a construir-se a “Ponte de Ferro” de S. João de Loure, que foi posta à disposição do respectivo público no dia 23 de Fevereiro de 1896.

Esta ponte serviu a população durante 109 anos, foi encerrada ao público a 24 de Outubro 2005, sendo posteriormente desmantelada. Foi substituída por uma nova ponte aberta ao público a 26 de Julho de 2006.

Foi criado um memorial com partes da ponte antiga, sendo assim possível recordá-la.

Banda Velha União Sanjoanense (ver mais imagens neste endereço)

ver também Blog de Albergaria sobre o livro

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