segunda-feira, 28 de junho de 2010

A Chegada da República

IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA

A notícia da proclamação em Lisboa, em 5 de Outubro de 1910, logo alcançou Albergaria-a-Velha, onde não havia Republicanos convictos.

Em 4 de Outubro tinha-se realizado a última sessão ordinária da Câmara Municipal no regime monárquico. Era presidente, Bernardino Máximo de Albuquerque e vice-presidente, António Domingues Pinto. A acta desta sessão já não foi assinada pelos que nela estiveram presentes, mas pela nova vereação que só se reuniu no dia 12 de Outubro, como: " Comissão Republicana Municipal do Concelho de Albergaria-a-Velha" sob a presidência do Dr. Manuel de Lemos.

O novo regime entrou pacificamente, mas algum tempo, depois, iniciaram-se perseguições e prisões que se mostraram sem fundamento.

1912 - ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Em 1912 realizaram-se eleições municipais e o "Partido Unionista" venceu. A visão social e política vai normalizando, mas a economia não evolui devido à instabilidade política e à participação de Portugal no 1º Grande Guerra.

1919 - MONARQUIA DO NORTE

A proclamação da "Monarquia do Norte", em 20 de Janeiro de 1919, no Porto, fez crescer as dificuldades no concelho, porque de seguida também foi proclamada na Câmara Municipal de Albergaria-a-Velha por um grupo de monárquicos locais Este facto originou combates violentos. Durante este período os regimes monárquicos e republicano foram proclamados sucessivamente nos Paços do Concelho. Finalmente, em 10 de Fevereiro, as forças monárquicas foram derrotadas.

Fonte:Albergariacultura

Notas:

1 - Aquando do célebre 31 de Janeiro de 1891 (revolta percursora da implantação da Répulica ocorrida após o Ultimatum) o Capitão Leitão foi acusado às autoridades, quando estava instalado em Albergaria, pelo Padre Manoel Lemos que o reconheceu. TVLA

2 - O Dr. Alexandre Albuquerque, que era deputado, foi obrigado a emigrar para o Brasil.

"Albuquerque era membro do Partido Progressista e feroz adversário de Afonso Costa quando publicou em "O Liberal", de 31/05/1910, violentas acusações contra o deputado republicano. A questiúncula esteve na origem de um duelo travado em 6 de Junho de 1910. Xandre começou por ferir Afonso Costa no braço, mas o deputado republicano conseguiu ripostar e aplicou uma estocada no peito do Xandre, proeza que lhe valeu a vitória." GDC

3 - Bernardino Máximo de Albuquerque, o último Presidente da Câmara no regime monárquico, ocupou o lugar durante 28 anos. Eleito pela primeira vez em 1875 esteve alguns anos sem liderar a Câmara devido a uma lei limitativa dos mandatos.

[Sugestão]

Os historiadores albergarienses Delfim Bismarck Ferreira e Rafael Marques Vigário estão a elaborar um estudo intitulado "Albergaria-a-Velha 1910 – da Monarquia à República", o qual pretende fazer uma análise aprofundada do que foi Albergaria-a-Velha em 1910. Algumas informações e imagens desse estudo poderiam ser usadas numa exposição do Arquivo Municipal.

Poderia ser complementada com jornais da época e outros items pertencentes ao espólio do Arquivo Municipal.

domingo, 27 de junho de 2010

Marchas luminosas do Fial 1985


Marchas luminosas - Diário de Aveiro 1985

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Fábrica de Papel de Valmaior

Um dos tópicos abordados na reunião de 11 de Junho de 2010 da Câmara Muncipal foi a "Demolição das instalações da antiga fábrica de papel de Vale Maior".


- AQUISIÇÃO EM 2002

A Assembleia Municipal de Albergaria-A-Velha autorizou a Câmara local a contrair um empréstimo de quase 240 mil euros para a aquisição da antiga fábrica de papel de Vale Maior, uma pretensão que já tinha manifestada no anterior mandato. Um esforço financeiro que o executivo liderado por João Agostinho (PSD) justificou pela "urgência em dotar a freguesia com equipamentos sociais". Segundo o autarca, a velha unidade fabril vai albergar um centro cívico, uma unidade de saúde, valências de infância (creche e jardim de infância), terceira idade (centro de dia) e equipamentos culturais. "A comunidade local vai ser convidada a identificar outras carências locais, na medida em que os equipamentos construídos deverão vir ao encontro das reais necessidades da freguesia", referiu fonte da Câmara. Na fase seguinte, será executado do projecto de reconversão da antiga fábrica que é propriedade da empresa Companhia de Papel do Prado.

Notícias de Aveiro, 09/10/2002 [Antiga fábrica de papel 'municipalizada']

Albergaria-A-Velha: Município quer adquirir antiga Fábrica do Papel

A Câmara de Albergaria-a-Velha formalizou o interesse na aquisição da antiga fábrica de papel, em Vale Maior.

De acordo com o presidente da edilidade, citado pelo semanário Linha da Frente, trata-se de «um espaço nobre» no centro da freguesia «que poderá ser utilizado pelas colectividades locais».

Rui Marques minimiza o estado avançado de degradação do imóvel, considerando que restaurado poderia albergar também um centro de dia para idosos ou a delegação da Associação Portuguesa dos Pais e Amigos Cidadãos Deficientes actualmente a funcionar em instalações provisórias em Soutelo, freguesia da Branca.

O interesse na compra da velha fábrica do papel foi dado a conhecer ao executivo camarário que ainda não tomou qualquer decisão.

Antes, a Câmara deseja saber a opinião da Junta de Freguesia de Valmaior.

O presidente da edilidade não avança, para já, com os números envolvidos neste negócio mas já terá feito uma proposta à empresa Companhia de Papel do Prado, actual proprietária do imóvel e terrenos adjacentes.

Existe, inclusivamente, um pré-acordo que poderá originar o contrato de compra e venda definitivo se a Câmara, primeiro, e a Assembleia Municipal, depois, autorizarem.

Notícias de Aveiro, 19/06/2000

- A IMPORTÂNCIA DA INDÚSTRIA DO PAPEL NO CONCELHO

Quando se deu a 1ª Guerra Mundial, a Companhia do Papel do Prado era a única empresa que figurava no grupo das maiores. A sua dimensão cresceu bastante, mais do que a média verificada no seio das 50 maiores empresas: triplicou o número de trabalhadores, passando de cerca de trezentos para mais de um milhar. A sua posição relativa na lista melhorou dez lugares, fazendo parte do grupo das dez maiores empresas da indústria transformadora portuguesa à data da grande guerra.

Nessa altura, a empresa explorava 4 unidades produtivas; as duas que já detinha em 1881, e ainda outras duas que tinha integrado durante o processo de reorganização de que foi alvo, no final da década de 1880.


(... )A fábrica de Vale Maior, fundada em 1873, foi integrada no grupo em 1889. Em 1881 realizou-se um inquérito Industrial a nível nacional. A fábrica de Vale Maior estava encerrada para obras quando foi realizado o inquérito, estando já equipada com uma máquina de fabrico contínuo.


(...)


Uma outra empresa que não integrava a lista das 50 maiores em 1917, merece atenção. A The Caima Timber Estate and Wood Pulp Company explorava a única fábrica de pasta de papel existente à data em Portugal; tratava-se de uma unidade de produção estabelecida em 1888, no concelho de Albergaria-a-Velha. Segundo o inquérito industrial de 1917, a fábrica desta empresa ocupava 258 operários, o que em termos de força laboral representava uma dimensão muito semelhante à última da lista das 50 maiores que empregava 262 trabalhadores. No início da
década de 1910 subscrevia um capital de 360 contos e obrigações em circulação no valor de 144 contos. A sua produção, que naquela altura atingia cerca de 3.488 toneladas, avaliadas em 136 contos, era destinada na sua maioria (85%) ao mercado externo, mais concretamente a Inglaterra.

No grupo das 50 maiores empresas encontra-se unicamente representada uma empresa pertencente a este ramo de actividade [Pasta, papel e cartão]: a Companhia de Papel do Prado. Desde a sua fundação, em 1875, integrou seis unidades produtivas: três no concelho de Tomar, duas no da Lousã e uma em Albergaria-a-Velha.Não é líquido que todas se encontrassem em funcionamento por altura da 1ª Guerra Mundial. Embora a empresa fizesse constar seis fábricas na sua publicidade, existem alguns indícios que duas delas estivessem inactivas: a do Casal do Ermio, na Lousã, e a do Sobreirinho em Tomar.

No que respeita ao número de trabalhadores das quatro fábricas em laboração, existe informação concreta a partir do inquérito para duas delas (Prado e Vale Maior), sendo que para as restantes foi considerada a dimensão média das fábricas

GRANDES EMPRESAS INDUSTRIAIS DE UM PAÍS PEQUENO: PORTUGAL. DA DÉCADA DE 1880 À 1ª GUERRA MUNDIAL - Pedro José Marto Neves (Tese UTL/ISEG)

- PATRIMÓNIO CULTURAL E INDUSTRIAL

Deveriam ser promovidas inicativas que potenciassem o património existente e a ligação das terras a essa actividade.

ver também
http://novos-arruamentos.blogspot.com/2009/06/museu-de-papel.html

terça-feira, 15 de junho de 2010

As Choradeiras


Por indicação de pessoa amiga, tomei, há uns 10 anos, conhecimento da existência de dois manequins articulados, em madeira, com sinais evidentes de seram coisa muito antiga.

Provenientes da baldeação dum armazém de agência funerária, antigamente pertença de um angejense, aquelas "relíquias", consideradas sem valor destinadas a lenha, há muitos anos que ali permaneciam sem que os seus actuais proprietários soubessem exactamente para o que terão alguma vez servido. Um funcionário que trabalhou naquela agência funerária durante uns cinquenta anos, disse ter sempre visto esses manequins, arrumados para um canto, e que sempre lá permaneceram sem qualquer utilidade. Outra pessoa, uma senhora, relacionada com aquela agência, disse ter ouvido a um seu familiar, há muito falecido, que aquelas "estátuas carpideiras" eram usadas nos funerais de Angeja e chamadas "choronas".

Fui a Angeja procurar esclarecer e caso. Ouvi dois homens de provecta idade, que me falaram assim:

"Os funerais antigamente eram coisa muito séria, eram cerimónias de muito respeito e recato, em muito sílêncio, tudo de preto, fato preto, gravata preta... fosse de pobre ou de rico o respeito ora o mesmo. A diferença entre ume outro era apenas nos sinais de luto. Pobre ou rico, em Angeja, a casa do defunto era guarnecida à entrada por faixas pretas, do veludo ou de flanela, conforme as posses ou o desejo da família. Quem passasse na rua ficava a saber que naquela casa jazia um morto e nesse tempo todos se descobriam e até rezavam um padre-nosso a encomendara alma do defunto. Nos funerais ricos essas faixas eram de veludo, bordadas e com rendas apropriadas ao luto. Até havia faixas de veludo inglês, que era muito caro por causa das estampagens a ouro.

... mas as tais choronas?

Não eram choronas, chamavam-se "choradeiras". Isso era nos funerais ricos. Os armadores, os cangalheiros, armavam a casa do morto com panos pretos, cobrindo todas as paredes da sala que servisse de câmara ardente. Quando havia flores e missa cantada de corpo presente, a igreja era ornamentada com vestes negras, faixas de veludo preto na porta principal, todas as janelas e vitrais forrados a panos pretos, púlpito, e tudo/ A missa era cantada por cinco ou sete padres, conforme, com coroa acompanhar, que o coro ora formado com os próprios músicos da filarmônica.

... da filarmónica?!

Sim, que os funerais ricos levavam sempre música e eram esses músicos que faziam o coro. Um, era só alguns instrumentos, violinos, saxofones, clarinetes... Ainda me lembro do regente Américo Amaral e do Paulo Capela, aquilo é que eram duas vozes!

... a as choradeiras?

Os armadores é que eram os donos disso. Aqui em Angeja só o Guilherme Capela é que as tinha. Essas que você viu em Esgueira devem ter sido dele, pois só, em Angeja é que havia choradeiras, não conheço esse costume noutra localidade, se bem que me parece que uma vez ou outra se fizesse isso em Soltou, quem sabe se por influência do armador de Angeja, o tal Guilherme Capela.

Mas como ia dizendo, a igreja era toda ornamentada a preto, no centro era armada a essa, toda forrada a veludo preto, bordada com rendas e estampagens. Em cima ficava o caixão.

Nos funerais ricos o caixão levava duas faixas de veludo branco, colocadas em cruz e orladas a grade-veloz, que é uma espécie de renda entrelaçada. Nesse tempo era assim...que eu, rapazito ainda, ajudei nisso meu pai...

Quanto às choradeiras eram quatro, cada uma colocada aos cantos da essa. Todas tinham um véu preto na cabeça e os vestidos eram todos de luto fechado, assim como se fossem viúvas... que até tinham lágrimas pintadas na cara/ Mas esses costumes já acabaram há uns setenta anos..."

Por informações posteriores apurei que o manequim representado na fig. 2, não pertence ao grupo das "choradeiras" (fig. 1), quer pela sua altura (muito mais baixa que estas), quer pelo vestido azul-roxo já muito delido, quer ainda pelo aspecto risonho e abonecado da face. Pelo desenho (fig. 2), verifica-se que não tinha membros inferiores e que o tronco assentava numa espécie de dobadoira, com base rodeira na qual se via um orifício central que bem poderia ter servido a um qualquer eixo giratório da engenhoca. Não me parece ter sido imagem ido santa, pois a boca estava semi-aberta, num sorriso que mostrava alguns dentes, o que não é usual em imagens de santos.

Qualquer dos dois tipos de manequins tinha camisa branca de linho por baixo do seu vestido, preto na fig. 1 e roxo na fig. 2.

Por sugestão de um amigo a quem comuniquei a "descoberta", fomos ambos pedir á pessoa que tinha os destroços destes manequins, que no-los oferecesse antes que os mesmos fossem para o lareira ou para espanta-pardais dalgum faval. Fomos de boa vontade bem atendidos.

Para melhor salvaguarda deste "achado" resolvemos no mesmo dia ir entregá-lo à guarda da Directora do Museu de Aveiro, que deu ao caso especial atenção, ~ que é de esperar, finalmente, um "destino" mais digno que o que lhe estava destinado!

Quanto ao manequim da fig. 2 não consegui descobrir a sua verdadeira função.

Nov.1991 BARTOLOMEU CONDE

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Um debate pela nossa identidade

Vem no jornal PUBLICO do dia 2 de Abril [de 2001] que "um grupo de personalidades" das Caldas da Rainha de diversos quadrantes políticos, mas sem filiação partidária, vai lançar "um movimento de cidadania" com o objectivo de abrir o debate a novas discussões sobre o futuro da vida do concelho.

Segundo a nota, "a perda de importância e de identidade do concelho são dois dos motivos que levaram os promotores do movimento a lançá-lo". O grande objectivo deste movimento é "mobilizar a comunidade para os problemas locais e provocar a reflexão".

Já há vários anos que temos tentado, através das páginas do Jornal de Albergaria, suscitar perante os Albergarienses o interesse pela discussão acerca do nosso destino enquanto comunidade e do nosso futuro enquanto território. Reconhecemos, com algum desencanto, que este propósito não tem tido o eco e o impacto que se ambicionava. Mas nada que nos faça desistir. É certo e seguro que urge discutir Albergaria. É necessário pensarmos o espaço histórico em que nos situamos. É sobretudo imperioso abrir os olhos à realidade que nos rodeia e questionarmos, do modo mais frontal e corajoso, que vai ser de nós.

Nas Caldas da Rainha nasce um movimento (e noutras cidades ele já existe, como em Coimbra com o Pro Urbe) que quer debater o futuro da vida do concelho. E diz-se que se trata de "um movimento de cidadania". Sem dúvida que o é! Ser-se cidadão é pensar-se e viver-se conscientemente, e portanto construtivamente, a cidade, a urbe. Pugnar por uma certa ideia de progresso, defender um rumo e um destino, opor-se à deriva e à desordem. A cidadania opõe-se ao caos urbano, busca a integração harmónica do homem num espaço: um espaço que o serve, em que ele se movimenta e ontologicamente se afirma.

Agora mais do que ontem, amanhã ainda mais do que hoje, é imperioso, é vital olhar para o homem integrado num espaço, num território.

Território esse que deve ser ordenado segundo regras e principies, de modo a que dele se consiga tirar o máximo proveito comum, sempre segundo um desiderato perene: a realização do homem não pode nunca ser subalternizada.

Reflectir sobre a perda de importância e de identidade do concelho – propõem-se os cidadãos das Caldas da Rainha. Se a importância de Albergaria nunca foi, no distrito de Aveiro, por aí além, o mesmo não se diga da sua identidade, onde uma existência histórica de oito séculos, um passado, mais recente, de alguma actividade cultural, um território bem demarcado na sua multiplicidade geográfica, uma economia plurifacetada - sempre contribuíram para uma personalidade colectiva marcada por traços de vincado carácter.

Concelho rural, virado ao monte, mas debruçado igualmente sobre o rio: arejado por vias de comunicação importantes, cioso dos seus bairrismos, saudavelmente rival dos vizinhos, Albergaria-a-Velha foi sempre um concelho consciente de si próprio, e os Albergarienses sempre souberam, com vaidade, levar na lapela o emblema da sua terra.

Esta foi sempre a sua identidade, simbolizada no clube de futebol, nas bandas, nos ranchos, nos seus conterrâneos mais distintos e distinguidos, no seu próprio nome de albergaria.

Só que, também aqui esse património colectivo se perdeu, ou está em vias disso. Quem reside em Albergaria ou perdeu, ou nunca chegou a adquirir o sentido de se pertencer a uma dada terra. E quem de cá saiu e foi para outras paragens viu desvanecer-se irreparavelmente o sentimento da origem.

Tudo isto é mais grave e mais sério do que alguns pensam, porque se trata da ligação genética a um território, que é o cimento que dá consistência às comunidades. Salvo os casos, cada vez mais raros e primitivos, do nomadismo, é um facto que sem o sentido de território não é possível o sentido de comunidade. Por isso é urgente, é imperioso cuidar do território para que o sentido de comunidade seja mais forte. É urgente que também em Albergaria se reflicta sobre o que é de nós, sobre nós e o nosso território, as nossas vilas, as nossas freguesias, o nosso concelho.

(Agora, que se avizinham eleições autárquicas, seria útil saber o que os nossos candidatos a candidatos pensam sobre tudo isto, se é que pensam que vale a pena pensar sobre isto!)

Da nossa parte, assumimos o compromisso de, através da regularidade da sua publicação, cumprirmos aqui a nossa quota parte de responsabilidade, suscitando uma reflexão que devia ser colectiva.

Oxalá isto não seja um inútil "escrever na água". um perdido exercício de solipsismo.

Mário J. Lemos Pinto / Jornal de Albergaria, 03.04.2001